quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Momentos em Santiago, El Quisco e Valparaiso

Almoçando o famoso chacarero em Santiago:

De Chile

A humilde vista de El Quisco:

De Chile

Patotinha em Valpo:

De Chile

Mais fotos no álbum ao lado intitulado Chile!
E amanha Ano Novo com jantar brazuca. É nóis na fita e os praibói no devedê!


quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Em Valparaiso com nossa querida Joninha e esposa

O mundo é uma caixa de sapato. Minúsculo. Hoje andando pela rua com o Camilo, saindo do almoço e dando um role depois do mote con huesillos, ouvimos de repente um "Magoo!" na rua. Quem era? Nosso querido Jone, esbravejando. Tinha nos visto passar pela janela do restaurante. 
Se tivéssemos combinado, nao tinha dado certo!


Uma palavrinha sobre Valparaiso? Ô cidadezinha com morro! Ouro Preto nao é nada perto daqui! 
Fotos assim que conseguir subir para o álbum!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Segunda-feira Flogger

Flogger Team (Magoo Flogger, Principessa Flogger, Camilo Flogger) despedindo-se em Puerto Montt depois de quase uma semana de presepadas...

De Chile

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Novos vídeos no Canal Bons Ares

Também subimos alguns vídeos para o Canal Bons Ares. Ei-los aqui como nosso presente de Natal:
Camilo explicando o que comemos ontem

Despedindo-nos da Principessa Flogger

Pequinha


quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Véspera de Natal

Hoje é véspera de Natal e estamos nos dirigindo para Tucapel, cidade onde os avós do Camilo moram e de onde muito provavelmente saiamos rolando (é o que profetizam todos).
Como vai ser muito difícil ligar ou escrever para cada um para desejar Feliz Natal e todo o blablablá habitual desta hora, deixo aqui meus votos natalinos para todos os incautos que lerem este post, seja no dia ou com dias de atraso. 
Também devido à nossa distancia e condicoes orçamentárias baixas, nao podemos mandar presente para ninguém. Nem cartao postal, nem gorrinho de la, nem lhama pelo correio.
No entanto, o que podemos fazer, e que é o que temos mais feito ultimamente, é fazer vídeos e postá-los. Para os que fuçam o blog talvez nao sejam novidade, mas para os que nao, amanha vamos postar três novos vídeos que pusemos na internet recentemente.
Aguardem e confiem. 
Boa véspera para todos!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Novas fotos nos álbuns da Argentina e Chile

Depois de uma demora incrível, sentamos para ajeitar nossa vida na internet. Aproveitamos para atualizar os álbuns, o blog, subir vídeos e outras coisitas mais...
Aqui à direita, nos álbuns intitulados Argentina e Chile, poderao ver mais fotos.



De Chile




De Argentina

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Viagem de barco

Neste exato momento em que escrevo estamos embarcado num ferry Navimag sem contato com o mundo e navegando pelo Estreito de Magalhaes. Sao quatro dias ziguezagueando pelos canais do estreito e um meio dia em alto mar.
Como vai ser? Confesso que nao temos a menor ideia. Torcemos para que nao vomitemos muito... blérgh...
Decidimos embarcar nessa pelo simples motivo que ambos sempre quisemos passar por essa experiencia de fazer uma viagem grande de barco, viver o que é isso de estar confinado dentro de um barco por dias e entender quao louco foram os exploradores de antigamente quando cruzaram oceanos e desbravaram o insólito...


A única coisa que peço é que Deus tenha piedade de nossos pobres estomagos.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Reflexoes sobre o fim do mundo


O que é o fim do mundo? Basicamente, é onde tudo termina, onde "n" fatores relacionados a uma coisa confluem e culminam no seu término, desmanchando-se e desfazendo-se.
O fim, no entanto, nao se dá somente num lugar determinado, mas também num tempo específico. Há o onde o fim termina e o quando isso tem lugar naquele espaço específico. De maneira que o fim possui um lugar e um tempo.
O mundo, como qualquer outra "coisa", deveria possuir um fim, que por sua vez demanda um lugar e um tempo. 
Particularmente, eu nunca tinha pensado antes que o mundo merecia um fim, e que esse fim seria motivo de orgulho para alguns. 
O é na Argentina.
Protegido por uma cadeia de montanhas nevadas, Ushuaia (que significa, em uma das extintas línguas indígenas da regiao, baía do sol poente), desemboca no Canal Beagle, no estreito de Magalhaes, a menos de 2.000km da Antártida. Segundo os argentinos da regiao, Ushuaia é o fim do mundo incrustrado no meio da Terra do Fogo.
Os habitantes locais, portanto, sao, ou deveriam ser, os que estao mais perto do fim do mundo. A perspectiva que tem do mundo é totalmente diferente da de outros países a que fui. Por só terem às suas costas a Antártida, um fiapo despovoado do Chile, tem à sua frente um mundo inteiro para descobrir.
De Argentina

No começo, porém, pensava eu, do alto da minha ignorancia, que viver no fim do mundo poderia significar um destino fadado à inércia e estagnaçao. Acreditava, ainda sem ter conhecido, que poucas perspectivas havia para quem é de Ushuaia. Teriam todos que, necessariamente, ir a Buenos Aires, Mendoza, Córdoba ou Rosario.
À medida que fui conhecendo um pouco mais os ushuaianos e falando com a gente, fui me dando conta que isso era um preconceito meu e que a situaçao toda poderia ser o completo oposto: ao contrário de ter poucas perspectivas por viver longe de tudo, voce pode ter todas, pois tem todo o mundo diante de si, Uma imensidao de possibilidades ao alcance da mao, e senao, da vista. Que tranquilidade saber que nao se precisa espreitar do canto do olho o que está atrás e dirigir a atençao unicamente para o que está à frente.
Ao mesmo tempo que temos o fim como término do caminho, descobrimos que ele também pode ser o começo...
De Argentina


quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Vadrouille en Combi


Cruzamos com esses loucos anteontem no Parque Nacional da Terra do Fogo:



Depois colocamos o video com eles na net.


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Tchutchuquinha e Piriguete

Tchutchuquinha 'e menor e mais leve.
Veste-se de cinza e nao gosta de pinduricalhos
Piriguete ta mais crescidinha e ja tem uns 15kg
Tambem gosta muito do cinza. Tanto que carrega consigo um datalhe brilhante da mesma cor.

Tchutchuquinha cuida dos meus documentos, anotacoes e dinheiro
Piriguete garante minha roupa, coisas do banho e alguma comida
Tchutchuquinha gosta de sair e me acompanha para todos os lados.
Piriguete 'e mais caseira e faz-se presente na hora de dormir e levantar

Tchutchuquinha e Piriguete geralmente estao separadas e nao se falam muito
Eu acho que è ciumes, mas elas dizem que nao.
Para provar que estou errado, as vezes elas se abracam e ficam uma sò.
Juntinhas. Uma beleza!

Com voces Piriguete e Tchutchuquinha, em momento de uniao, ao lado de Filo e Turtle, suas companheiras e confidentes neste caminho

De

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Fotos de Buenos Aires e Ushuaia



No álbum ao lado, intitulado Argentina, já subi mais algumas fotos aqui da terra dos hermanos. Um tanto de Buenos Aires, nossa querida casa que tanto gostamos e conhecemos já como a palma da mao, e outro tanto aqui de Ushuaia, de onde escrevo. 
Como disse ontem, Ushuaia é uma surpresa completa. De onde quer que vc saiu na rua se depara com uma cordilheira nevada como um paredao atrás da cidade.  A arquitetura da cidade me lembra fotos de vi do Alasca e de Reyjavik (nunca fui nem sei por que liguei uma coisa a outra).
Estamos ficando na casa da Erika e do sr. Gustavo. Ela é irma do Nahuel. Aquele é pai deste. E quem é Nahuel? É um amigo meu dos tempos de faculdade de cinema em Buenos Aires. Éramos da mesma turma e acabamos ficando amigos.
Quando ainda morava aqui em Buenos Aires, ele comentou comigo que sua irma estava estudando portugues e queria praticar um pouco. Passei meu e-mail. Começamos a conversar por MSN, falar um pouco em português, mas nunca conseguimos nos encontrar. Eu voltei para Buenos Aires, ela veio para Ushuaia.
Mantivemos contato desde entao. Quando lhe comentei que Ushuaia seria a segunda parada da viagem, nos convidou para ficar em sua casa. Obviamente que ja aceitei de primeira. 
E eis que aqui estamos, com ela e seu pai, sr. Gustavo, vivendo um pouco da vida autóctona de um ushuaiano.
Desde que chegamos, estao nos tratando como reis. Buscaram-nos no aeroporto, prepararam-nos ravioles, depois nos deixaram a vontade para passear por ai. Ontem a noite ainda nos prepararam milanesas para o jantar. Nao poderia ser melhor...

(quando puder, sento e conto da nossa participacao na massa crítica portenha; algumas fotos disso já há no álbum)





segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Fim do mundo

Chegamos hoje em Ushuaia sob vento gelado e céu de brigadeiro.
Uma cordilheira nevada rodeia a cidade...

sábado, 5 de dezembro de 2009

Tudo comeca em Buenos Aires


Comecou! Chegamos a Buenos Aires ontem depois de um voo estranho e com atrasos. Nunca tinha pegado atraso neste trecho. Seriam sinais divinos pedindo que tenhamos cada vez mais paciência?
Nossa despedida em Curitiba foi melancólica. Na noite de quinta para sexta saímos para jantar com alguns amigos; no final, aquela abracacao...
Cheguei em casa e ainda ajudei meu querido Jonê a carregar minha televisao para o carro, e de lá foi para a Toca do Tatu, onde será sumamente utilizada para jogar inúmeras partidinhas.
Fui dormir às 3h devido às últimas arrumacoes.
Na sexta de manha Camilo já estava acordado às 5h30 para ajeitar caixas. Acordei logo depois, sem ter dormido muito e com um puta frio na barriga. Cagaco total de estar embarcando em uma viagem tao doida e, por que nao, insensata.
Confia-Melao passou em casa às 9h para  nos levar ao aeroporto. Antes de sair, porém, registrou o último momento da família feliz:
Fomos ao Afonso Pena com Confia-Melao na boleia e Lala de carona.

Nos instantes finais, lágrimas correram dos lindos e azuis olhos da Lala...


De TPvM







quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Empacotando tudo?


Empacotando nada. Já está tudo pronto e só falta fazer a mala...

Faltam 24 horas...


Frio na barriga.

 

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

En español

Bons Ares|WT| tem agora também uma versão em espanhol: 
Motivo? Amanhã conto...

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Despedidas I


As despedidas já começaram e estão à toda...
No sábado desci de bicicleta para Morretes com o grupete ciclista da Gangue da Bicicletinha, composta por Lilian, Du Príncipe, Lô, Biverito José e eu. A sexta integrante, Barba Rosa, infelizmente não pôde nos acompanhar, mas prometeu ir nas próximas aventuras em duas rodas da trupe, às quais, infelizmente, terei que faltar. 


De TPvM



De TPvM



De TPvM

No sábado à noite fizemos uma festinha em casa com alguns amigos. Tocamos violão, percursão, etc, até que, lá pelas tantas, Lala e Hique resolveram montar um palco e fizemos um festival de talentos (apelidado por alguns de show de horrores).


De TPvM



De TPvM



De TPvM



De TPvM



De TPvM



De TPvM








Segundo a própria Princesinha, que aparece num dos vídeos fazendo um monólogo, foi um momento de espontaneidade total.
O show de horrores&festival de talentos foi composto de:
1. Abertura de João Arthur
2. Monólogo de Márcia Rodrigues
3. Monólogo da Princesinha
4. Salsa com Camilo
5. Leitura dramática em sueco do Magoo
6. Aula de rastejo do Biverito José seguido de comoção geral da dança do Aspira
7. Lorena cantando guarani
8. Zunga inventando arte
9. Marcos cantando "We Are the Champions" com o cabeção e ainda "O preá é meu amigo"
10. Vlader ensinando o jogo da Troca
11. Carina imitando os manezinhos da ilha
12. Anderson jogando troca
13. Vivaldo jogando troca
14. Lindsey e Cláudio interpretando uma texto desta
15. Melão e Jana no "Você escolhe a música" e fazendo o Dueto Berimbau
16. Barba Rosa tocando violino
17. Cabra cantando uma música medieval
18. Lucas dando uma aula de surf
19. Guizão ensinando-nos a passar em concursos alto grau
20. Jérémy cantando em francês com Camilo
21. Michele dando uma aula de salsa...

Não poderia ter sido uma despedida melhor...









Como funciona este blog?


Como obviamente já sabem e podem ver, o blog da viagem já está no ar. Entenda como ele funciona:
 O blog funciona assim:



Onde está indicado pelo quadrado vermelho, há informações sobre nós (Camilo e eu).
Onde está indicado com um quadrado azul, estão os links para a rede social que preparamos. Há e haverá fotos nossas dos preparativos e posteriormente da viagem no Picasa, atualizações no Twitter, nosso itinerário em mapa, Canal Bons Ares no YouTube e link para este blog. Para ir aos diferentes pontos da rede social, basta clicar no que interessa.
No quadrado verde, logo abaixo, estão e estarão as fotos mais recentes, organizadas por momentos da viagem. Serão constantemente atualizadas. As mais antigas vão sendo colocadas mais abaixo, depois do link dos vídeos.




No quadrado preto, há uma mapinha simplificado do nosso trajeto durante a viagem.
Abaixo, caixa de feed, com o qual você pode inscrever o nosso feed em seu Reader e nos acompanhar sem precisar vir ao blog.
No menu Compartilhe, opções de linkagem e compartilhamento em outras redes sociais, para quem quiser indicar nosso site ou nossos posts.
Abaixo, botão para twittar-nos.
No final da imagem, menu de arquivo de posts, com organização por ano e data dos posts que escrevemos e iremos escrever.






Também há espaço para as palavras-chave, que são ao mesmo tempo categorias dos posts. Clicando em uma delas, pode-se ir a todas as postagens que foram classificadas como, por exemplo, "volta ao mundo".
Embaixo disso, vão um preview dos últimos vídeos atualizados. Pode-se assisti-los no próprio blog. Basta clicar na imagem que interessa e já logo ao lado abre uma janela em tamanho normal YouTube com o vídeo rolando...
Por fim, no final da página, há fotos nossas de outras viagens: Argentina, Chile e Uruguai.


Divirtam-se!


Contagem regressiva: faltam 4 dias!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Mails de despedida

O mail de despedida do Camilo:
Galera, tô indo embora.

Larguei tudo e vou viajar. Dar a "volta ao mundo" (ou ao menos em parte dele)

Vendi o que dava pra vender, emprestei o que podia ser emprestado, me desfiz do que sobrou
Juntei grana, comprei uma mochila e uma passagem aérea, para chegar mais rápido no local de partida.

Viajo com um amigo (Magoo) e começamos semana que vem.
O caminho é mais ou menos assim:
Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, El Salvador, Guatemala, México, Alemanha, Rússia, Finlândia, Suécia, Noruega, Dinamarca, República Tcheca, Bulgaria, Hungria, Romenia, Grécia, Croácia, Itália, Tunísia, Argélia e Marrocos...

A duração é de um ano... quem sabe mais, quem sabe menos
O roteiro é tentativo. Tudo pode mudar. Dizem por aí que 
el camino se hace al caminar 
O espírito está aberto, pronto a conhercer os lugares e pessoas que virão.
A idéia é deixar de sonhar e apenas ir. Como escreveu Amir Klink,
"
Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. [...] Precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”.

 O mail de despedida do Magoo:
Gentalha, gentalha, gentalha!
Diria o ditado: "Toda longa jornada começa com o primeiro passo!"

Diria o poeta (T. S. Eliot): 
Porque não mais espero retornar
Porque não espero
Porque não espero retornar
A este invejando-lhe o dom e àquele o seu projeto
Não mais me empenho no .empenho de tais coisas
(Por que abriria a velha águia suas asas?)
Por que lamentaria eu, afinal,
O esvaído poder do reino trivial?

Porque não mais espero conhecer
A vacilante glória da hora positiva
Porque não penso mais
Porque sei que nada saberei
Do único poder fugaz e verdadeiro
Porque não posso beber
Lá, onde as árvores florescem e as fontes rumorejam,
Pois lá nada retorna à sua forma

Porque sei que o tempo é sempre o tempo
E que o espaço é sempre o espaço apenas
E que o real somente o é dentro de um tempo
E apenas para o espaço que o contém
Alegro-me de serem as coisas o que são
E renuncio à face abençoada
E renuncio à voz
Porque esperar não posso mais
E assim me alegro, por ter de alguma coisa edificar
De que me possa depois rejubilar


Diria o romancista (Várquez-Figueroa): 
"Lo peor que puede ocurrirle a un ser humano es no llegar a ser lo que en justicia debería haber sido, sino convertirse en el resultado de una jugarreta del destino, que se divierte trastocándolo todo con la misma inconsciencia con la que un niño se divierte arrancándole las plumas a un canario!"


Diria o poeta dramaturgo (Brecht):
“Há aqueles que lutam um dia; e por isso são muito bons; há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são muito bons; há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda; porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis!”


Se somos bons, muito bons, os melhores ou imprescindíveis, eu não sei. Imagino que estejamos mais perto de um meio-termo, do homem comum e corrente, do que me orgulho de ser. Aspirações sempre temos, mas nem sempre encontramos os meios de realizá-las. Camilo e eu, por sorte (mais sorte que juízo, já diria a mãe deste), conseguiremos realizar um sonho que tínhamos (e que muitos têm): o de dar a volta ao mundo. 


Desde que morávamos em Buenos Aires, já tínhamos vontade de fazer uma viagem pela América Latina e mundo. Enquanto vivíamos lá, fomos amadurecendo a ideia. Quando voltamos, já no começo de 2008, decidimos que começaríamos a economizar dinheiro para isso, mas ainda sem data marcada. Tudo em aberto.


No começo deste ano, fomos de carro para o Uruguai e percorremos todo o país, de cabo a rabo, imbiundo-nos daquela gana de viajar mais. Foi então que decidimos, por A mais B, que no final deste ano embarcaríamos para nossa volta ao mundo.


Economizamos mais um ano, orçamos a viagem, organizamos passagens, datas e burocracia. 


Às economias somamos a venda de nossos carros e com isso vamos embarcar numa viagem de quase um ano pela pela América Latina (6 meses), Europa e África, tendo pela frente algumas dezenas de milhares de quilômetros e muita coisa para viver.


No entanto, pelo menos para mim, dar a volta ao mundo não significa somente conhecer um tanto de países, visitar praias, comer comidas diferentes e curtir a vida (carpe diem). Essa viagem é, mais que nada, de são consciência, um marco a ser respeitado e a balizar o futuro. Sei que a vida não será a mesma depois que voltar. Sei que eu mesmo não voltarei o mesmo depois. Na verdade, mal posso imaginar o que estarei pensando, mas sei que, agora, preciso ver coisas para entender, amadurecer e aprender. 


O que se leva da vida é a vida que a gente leva. Sendo assim, o que com certeza posso levar, e é o que tem tido importância para mim agora, é a lembrança do caminho que vou trilhando, porque são as pegadas que for deixando que vão me levar ao que vou ser, ao que posso ser...


Tanta filosofia (de botequim) não quer dizer que farei uma viagem monástica. Nem de balada ou só festa. Simplesmente deixarei que o vento e os bons augúrios me levem aonde for, procurarei deixar o espírito aberto para experimentar a liberdade de poder ser o que se é, reiventando-se, renovando-se e conhecendo-se. Se o plano do dia for subir uma montanha, subamos. Se for jogar baralho com ucranianos, joguemos. Se for passar frio numa rodoviária perdida no mundo, passemos. Que seja o que tiver que ser. "As coisas por si só decidem se continuam no prosseguir!", anunciaria Guimarães Rosa.


O mundo é feito de lugares e pessoas, e é isso que quero conhecer.

E assim já começaram as despedidas...




quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Bons Ares|WT| lançado!

Eis que Bons Ares versão WT foi finalmente lançado. Com orgulho e certo atraso...
Chama-se "WT" (World Trip) devido ao apelido que Camilo e eu demos à nossa viagem de volta ao mundo.
Quê? Volta ao mundo? Cês tomaram chá de cogumelo?
Não, senhores, não tomamos chá de cogumelo. O que vocês estão lendo está certíssimo (estou falando da WT). M. Camilón e eu iniciaremos no próximo dia 4 de dezembro, sexta-feira, às 11h15, nossa viagem pelo mundo. Depois de um ano organizando, orçando e preparando as burocracias para a viagem, aqui estamos com passagens compradas, dinheiro guardado, despedindo-nos de todos e já em clima de partida.
Nosso trajeto será: Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Paraná, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, El Salvador, Guatemala, México, Alemanha, Rússia, Finlândia, Suécia (suecas, aí vamos nós!), Noruega, Dinamarca, República Tcheca, Grécia, Croácia, Itália, Tunísia, Argélia e Marrocos... (em vermelho os trechos que faremos de avião)

Nosso tempo estimado de viagem é de 10 a 12 meses, dependendo única e exclusivamente de até quando nosso dinheiro nos permitirá ficar na estrada. E se for por nós, ficaremos pelo menos um ano.
O projeto WT envolve também uma série de outras coisas: este blog, o Canal Bons Ares no Youtube, álbuns de fotos no Picasa, Twitter e uma futura página no Facebook.
Até viajarmos, a ideia é atualizar diariamente o blog com os preparativos pré-viagem e, uma vez com o pé na estrada, narrar nossas desventuras em terras latino-americanas...
E o Bons Ares tradicional, como fica? Continuará a ser atualizade esporadicamente com coisas mais minhas, pensamentos aqui e ali, dicas e textos esparsos. Durante este próximo ano, porém, atenção será dada mais aqui para o Blogspot, onde pretendemos centralizar as informações.
Mas enquanto não entramos de cabeça na viagem, deixo-os com um vídeo gravado ontem aqui em casa, com Camilo Paquita estrelando a foca...

terça-feira, 7 de julho de 2009

Uruguay Trip 15 - The End


Chegava, pois, ao fim a UYtrip. Só nos restava conhecer melhor a Punta del Diablo, passar pelo Fuerte de Santa Tereza e de lá tocar 900km até Curitiba.
No manhã do décimo quinto dia de viagem, depois de uma péssima noite dormida na barraca, de roupa, com saco de dormir e tendo como colchão o cobertor que levei por precaução, acordamos e fomos atrás de uma padaria tomar café-da-manhã (saco vazio não para em pé).

Centro de Punta del Diablo
Centro de Punta del Diablo
Com um saquinho que madalenas e um iogurte cada, fomos nos sentar na Punta del Diablo. O clima já era de despedida. Aquela seria a última praia uruguaia que eu veria em muito tempo (por algum motivo, demoro muito para voltar aos lugares que visito; a Buenos Aires, por exemplo, não volto desde que vim para o Brasil; à França, uns 5 anos).

Punta de la Punta del Diablo
Punta de la Punta del Diablo

Até mais ver, Punta!
Até mais ver, Punta!
Comemos, batemos umas fotos e nos dirigimos para o Fuerte. Apesar de terem falado muito bem, não achei nada demais. Aliás, a reserva na qual se situa o forte é mais interessante. De qualquer forma, estávamos já no espírito de volta a Curitiba e fim de férias, infelizmente.

Fuerte
Fuerte

Prende essa pacotilla
Prende essa pacotilla
Visita feita, retornamos à UY e mandamos brasa. Passamos por uma parte em que a estrada se alarga, tornando-se também pista de pouso. Dizem os uruguaios que é costume deles irem até lá estreiar seus carros novos, descendo a lenha na pista, que tem quase 3km. O Gonza, sempre heróico, chegou a 150km/h. E o motorista responsável por essa imprudência não fui eu.

Estrada-pista de pouso
Estrada-pista de pouso

De todas, a placa que mais tem
De todas, a placa que mais tem
Um tanto mais para frente chegamos à divisa. Como não tínhamos mais reais, passamos em uma casa de câmbio para trocar tudo o que tinha sobrado pela moeda tupiniquim e seguimos para a aduana de Chuy/Chuí.
Se tinha sido rápida a nossa entrada, a volta ao Brasil foi mais ainda. Carimbamos os passaportes em menos de 2 minutos (sem brincadeira) e nem tivemos o carro revistado. Quando o fiscal da fronteira viu o estado do Gonza de sujeira e desorganização, deve ter pensado: "Nem fodendo que eu vou inspecionar esse carro!". Apesar de não estarmos trazendo nenhuma muamba nem nada, agradecemos. Seria um saco ter que "rearrumar" o porta-malas.
Já no Chuí, batemos uma foto para comprovar que já estivemos no ponto sul extremo do Brasil (falta agora o Oiapoque) e tocamos direto pela 471 rumo a Porto Alegre. Paramos, porém, para almoçar.

Chui, extremo sul do Brasa
Chuí, extremo sul do Brasa
Chegamos em Porto Alegre cedo, às 17h. Já tínhamos decidido que, dependendo do horário, poderíamos continuar dirigindo até Lages. E foi o que fizemos. Passamos reto pela capital gaúcha e escolhemos a BR116 para voltar. Meu pai tinha me mandado uma mensagem dizendo que a BR101 estava um caos, com trechos interrompidos, barreiras caídas, muitos acidentes. Escolhemos, pois, como já disse, a BR116 para voltar. E foi a melhor coisa que fizemos. Evitamos todos os acidentes, engarrafamentos e quilombos de puta madre que estava havendo na briói. Fora que, como eu já tinha podido comprovar, a estrada é mais bem sinalizada e muito mais conservada.

S'embora que ainda tem chão pela frente!
S'embora que ainda tem chão pela frente!
Revezando na boleia, chegamos até quase Vacaria, onde dormimos dentro do Gonza, estacionado em um posto de caminhões. De todas as opções de pouso, só nos faltava o carro. E eis que voltamos para o Brasil com todos os pré-requisitos para uma viagem presepeira cumpridos!

Entrando a noite, já tinhamos metade da viagem feita
Entrando a noite, já tínhamos metade da viagem feita
Encostamos o carro à meia-noite e dormimos até umas 3h30, 4h. Não consegui mais por conta do desconforto. Tendo isso em vista, lavei o rosto e fui dirigindo até umas 7h, quando bateu o cansaço e passei o volante para o Camilo, que até então vinha babando no banco do passageiro.
Chegamos em Curitiba às 10h cravado.

Já em Curita, depois de 1000km rodados em um dia
Já em Curita, depois de 1000km rodados em um dia
O Uruguai ficou, pois, para trás, mas não a vontade de voltar!
E dá-lhe doce de leite para todos!

Fin de la saga uruguaya. Espero que hayan disfrutado. Saludos, compas.



segunda-feira, 6 de julho de 2009

Uruguay Trip 14

Penúltimo dia de viagem. Chegamos ao ponto culminante: Cabo Polonio. O lugar a que mais queria ir na viagem. E não só desde os preparativos.
Há pelo menos dois anos, quando ainda morava em Buenos Aires, saí uma noite com o Camilo para tomarmos uma cervejinha no Gibraltar, um pub típico de San Telmo cheio de gringos.

Gibra
Gibra
Lá, conheci uma holandesa que já tinha viajado o mundo inteiro. Nascida em Amsterdam, cresceu na Tailândia. Morou na África e veio para o sul da América Latina com uns 20 e poucos. Só isso já é ensejo para conversar durante uma noite inteira. Lá pelas tantas, sentados no balcão ainda tomando cerveja, perguntei-lhe: "Me diga uma coisa: você, que teve oportunidade de conhecer o mundo inteiro, tem especial preferência por um lugar? Algum que tenha te marcado mais que outros?". Para minha surpresa, ela respondeu de primeira, sem nem hesitar: "Cabo Polonio", no Uruguai. Tendo ela já viajado por tudo, achei inusitado escolher um lugar justamente no Uruguai. Por si só já é inspirador, ainda mais porque é um país vizinho. Pedi que ela me contasse mais. Desde então, tinha muita vontade de voltar.
Com tudo isso em mente, acordei de manhã animado. Ia ser um dia massa. Camilón e eu levamos as coisas para o carro e fomos tomar café-da-manhã (pão, doce de leite e café ruim). Na mesa-refeitório do hostel, nos sentamos ao lado de duas garotas argentinas. Demos bom-dia e, como mal responderam, ficamos por isso.

As tais
As tais
De repente, uma delas olha bem para mim, estica o braço, aponta para o pão e faz um gesto de abrir e fechar a mão. Sequer usou um "pán" ou "por favor". Pressumi que ela gostaria que lhe passasse o pão e pensei: "Puta mina mal-educada, caralho".

Quero!
Quero!
Essa mesma garota, no noite anterior, tinha feito algo similar com o Camilo. Estávamos os dois sentados na mesma mesa comendo empanadas e tomando cerveja com o pessoal do hostel. Ela, que daqui para frente será chamada de Gloria (obviamente é o seu nome verdadeiro), lhe passou uma cerveja, olhou para o Camilo, com o mesmo olhar que lançou sobre mim, e disse: "Abrila". Mais uma vez nada de "por favor". O Camilo olhou para mim e fez aquela cara de desgosto e "Qualé dessa mina?" que ele sempre faz. Eu lhe disse: "Abra e foda-se. Deixa quieto". Aberta a cerveja, ele a devolveu para a mademoiselle educação, que nem agradeceu.
Voltando ao café-da-manhã, flashback. A mademoiselle educação Gloria aponta para o pão e mexe a mão, dando a entender que queria que lhe passasse a cesta. Dou risada e lhe passo. Foda-se.
Enquanto comíamos, Camilo e eu ficamos conversando sobre Cabo Polonio e pensando na trip. Gloria, que devia estar escutando nossa conversa, inacreditavelmente formula uma frase completa, com sujeito, verbo e predicado, sem nenhuma ordem no meio: "Vocês dois estão indo para o Cabo? Nós também. Podemos pegar uma carona?". Enquanto eu e o Camilo nos entreolhamos, os dois com aquela cara de "Você, depois de toda falta de educação, ainda tem a pachorra de pedir carona?", Patricia, a amiga da Gloria, que estava na mesa esse tempo todo, tentou se esconder para não morrer de vergonha.

Me dá uma carona?
Me dá uma carona?
Meu incauto companheiro de viagens e eu nos entreolhamos de volta com o mesmo pensamento na cabeça (esse é o bom de conhecer uma pessoa há tempos; você sabe o que ela está pensando): "Por que não? Vamos ver qualé dessas duas loucas. Se tretarem muito, damos a carona e depois nos separamos em Cabo". Eu ainda pensei: "Isso aí é que nem cavalo chucro, depois de domado fica mansinho, mansinho".

Depois de domado, fica mansinho, mansinho...
Depois de domado, fica mansinho, mansinho...
Pois bora lá.
Demos uma organizada no Gonza para que todos entrassem com conforto e partimos. No caminho, Patricia foi puxando conversa. Respondíamos com reciprocidade. Gloria, a mademoiselle educação, foi entrando na conversa, participando mais e dando risada das nossas besteiras. Pela metade da viagem (não mais de 40km), já estávamos com uma impressão de que elas eram gente fina, inclusive Gloria. Apesar do humor ácido (que despertou em mim um interesse de desafio de ver qualé daquela mina), Gloria foi se mostrando simpática depois das primeiras abordagens. Patricia, bem mais dócil, gente boníssima.
Chegamos na "entrada" para Cabo Polonio e estacionamos. Pelo que tinham nos dito, era impossível chegar a Cabo de carro. O caminho para lá, no meio das dunas, só permite que jipes, bugues ou caminhões especialmente adaptados acedam.

Caminhões adaptados que dão acesso ao Cabo
Caminhões adaptados que dão acesso ao Cabo
Já nos fazendo amigos, compramos nossas passagens para um desses caminhões, subimos na carroceria e mandamos ver. Me sentei em cima da cabine, ao lado de dois hippongas muito loucos (que vivem pela vida há 10 anos), que foram me falando de Cabo e de outras praias dos arredores.
Mal pegamos o caminho me dei conta de que era verdade que carros comuns não conseguem chegar. No meio daquelas dunas, íamos ficar completamente atolados na areia. O Gonza sofreria.

Se ele não aguentou, imagine o Gonza...
Se ele não aguentou, imagine o Gonza...
Eu, que já estava impressionado com a beleza das dunas, fiquei mais de cara ainda quando o caminhão chegou à praia, ainda longe de Cabo. Era, sem sombra de dúvidas, o lugar mais bonito da viagem.

Chegando à praia, com vista para Cabo Polonio ao fundo
Chegando à praia, com vista para Cabo Polonio ao fundo

Roots style
Roots style
Sempre pela areia, andamos ainda uns 10 minutos de caminhão até chegar à vila de Cabo. Sem energia elétrica e bem rústica, localiza-se ao lado do farol e de uma encosta de pedras. De estilo meio hipponga, as casas acabam perfazendo um lugar muito pitoresco.
Descemos da caçamba do caminhão e, levados pelo impulso de conhecer a reserva de lobos-marinhos, fomos para o lado do farol.

Camilonga em direção ao farol
Camilonga em direção ao farol

Mademoiselle Educação (depois simpática) e Paty
Mademoiselle Educação (depois simpática) e Paty

Rumo ao farol
Rumo ao farol
Dizem que Cabo é um dos poucos lugares no mundo em que há uma reserva de lobos-marinhos ao lado de uma aglomeração humana. E quando digo uma reserva, falo de uns 300, 400 lobos-marinhos juntos berrando e fazendo o que lobos-marinhos fazem, que, pelo que vi, não vai muito além de dormir e lagartear no sol.

Bando de vadio
Bando de vadio. Não é à toa que se parecem com o Camilo.
De lá voltamos para os lados da vilinha e continuamos em direção às dunas.

Camilo, Gloria e Magoo voltando do farol
Camilo, Gloria e Magoo voltando do farol
No meio do caminho, paramos e deitamos na areia. Estávamos os quatro (eu, Camilo, Patricia e Gloria) já ficando amigos, de forma que não estranhávamos mais as esquisitices da Gloria. Aliás, tanto ela quanto a Paty já estavam nos caindo bem.
Almoçamos deitados na praia e ficamos conversando.

Paty (a bronzeada) e Camilo (o gordo)
Paty (a bronzeada) e Camilo (o gordo)
Pelas tantas, incentivados pelo meu espírito aventureiro, desbravamos as dunas.

Magoo, também gordo, em cima da duna
Magoo, também gordo, em cima da duna
E lá de cima descemos rolando. Terminamos à milanesa.

À milanesa
À milanesa
Inspirados pela presepada e loucos para tirar o caráter à milanesa de nossas pessoas, entramos no mar quase sem titubear...

Que ideia idiota que eu fui ter!
Que ideia idiota que eu fui ter!
... mesmo a água sendo muito fria.

Será mesmo?
Será mesmo?
E não é que tive uma ótima surpresa? Ao lado de Praia de Ponta Negra, nos pés do Morro do Careca, em Natal-RN, Cabo Polonio se mostrou como uma das melhores praias para pegar jacaré a que já fui. Só eu peguei 4 jacarés perfeitos. Camilo, sempre atrás, diz que logrou 2.

Pegou n~
Pegou não, seu mentiroso!
Não aguentando mais a temperatura gélida da água, saímos e fomos nos esquentar no sol, sobre as dunas.

Torra, fio da mãe, torra!
Torra, fio da mãe, torra!
Foi esse esquentar-se o responsável pelo meu torrão. Queimei até as canelas! Detalhe: torrão, tratado a muito amaciante de pele, virou um bronze bem-vindo, o qual, infelizmente, já deu seu adeus. Ficamos lá tomando sol pelo menos uma hora presepando.

Ninja Gloglo x Maguinja
Ninja Gloglo x Maguinja

Cabo visto do alto das dunas
Cabo visto do alto das dunas

Camilo Pacotilla y su sombrerito de chancho
Camilo Pacotilla y su sombrerito de chancho

Paty Mayonesa
Paty Mayonesa

Gloglo, la educada
Gloglo, la educada

Magoo, el buen chico
Magoo, el buen chico
Quando já estávamos com sede e com fome, voltamos à vilinha e tentamos tomar um cerveja gelada, coisa difícil de conseguir em Cabo. E isso sempre com nossas amigas argentinas.

Bora lá tomar uma berinha!
Bora lá tomar uma berinha!
Pelas tantas, pegamos o caminhão para voltar.

Magoo e Paty
Magoo e Paty

Gloglo e Camilonga
Gloglo e Camilonga
Na "entrada" de Cabo, cebamos um mate e nos despedimos das nossas amigas de humor inconstante, mas mesmo assim gente boníssimas. E, como eu tinha imagino, cavalo chucro realmente amansa depois de ser domado... Até disseram que se divertiram conosco. Nos despedimos com esperança de podermos nos reencontrar no meio do ano. Estou planejando passar 20 dias em Buenos Aires.
Despedidas à parte, tocamos para Valizas, onde tínhamos a esperança de dormir. Tudo cheio. Os argentinos tinham tomado toda a região. Fomos a Castillo e o único hotel que encontramos também estava cheio. Decidimos que íamos percorrer as praias em sentido norte (Brasil) uma a uma até acharmos um lugar para dormir. Às 20h30 conseguimos um lugar para pôr a barraca em um dos dois hostels (o outro estava completamente cheio) em Punta del Diablo, justamente onde pretendíamos visitar na manhã seguinte, antes de tocar o dia inteiro até Curitiba. Dessa forma, aumentamos o nosso leque de tipos de lugares em que nos hospedamos durante a viagem: hotel, hostel, casa de amigos, casa de praia. E barraca. Por sorte tínhamos uma no carro, por precaução, porque não havia nenhuma no hostel para alugar.

A nossa não era assim tão tecnológica
A nossa não era assim tão tecnológica
Montamos a barraca, duvidamos pelo conforto que teríamos e o Camilo se meteu na mesa de pingue-pongue, desafiando todos, enquanto eu fiquei conversando com um pintor de casas argentino cuja profissão real é sommelier (que merda!).
No dia seguinte, último de viagem, voltaríamos para o Brasil...