quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Esqui

Continuando as reflexões (ou seriam refracções?) sobre traduzir, estava pensando eu agora a pouco nas ironias do destino, ou, no meu caso, nas ironias das traduções. Até ontem eu estava traduzindo um site de uma estação de esqui aqui da Argentina (não, senhores, por mais que neve em Caballito, ainda não temos uma estação de esqui aqui!) e comecei a pensar:

1. Como vou traduzir essas coisas para o português do Brasil se não tem neve lá e se não existe uma cultura, e por conseguinte um vocabulário consolidado, para os milhões de termos específicos que existe em inglês ou espanhol?

2. Mais particularmente, como é que se traduz algo sobre uma coisa que nunca se experienciou? Em outras palavras, como é que vou escrever sobre neve se nunca esquiei?

A resposta para a primeira pergunta é simples: improvisando, uai! Já para a segunda, é diferente. Não vou bem lhes dar uma resposta, mas sim mostrar em que estava pensando enquanto traduzia: como diria meu grande amigo João Arthur, de quem sempre lembro nestas horas, "Vai fazendo, fio, vai fazendo e não pensa muito!" Pois é isso. É assim que se escreve sobre esqui sem nunca ter esquiado na vida. A única exceção, que nem conto, foi quando tentei, sem nenhum sucesso, aprender snowboard com meu amigo Léo Chocolate em Molina, Catalunha.

O começo, quando tudo ainda era lindo e parecia fácil...


O primeiro de muitos tombos...


Não sou eu, mas demonstra bem como fiquei depois de cair: parecendo um pateta!


Sugerencia del troesma

Às vezes tão-somente não se tem o que sugerir...


Our freek world

Mesmo Camilo estando a full com seus milhões de empregos, ainda nos brinda com suas pérolas jornalísticas: Nicole Neumann.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Quanto vale uma palavra?

Difícil dizer quanto custa uma palavra, não? Para aqueles que estão precisando de uma palavra de carinho, a palavra certa poderia valer uma vida, um sorriso, uma decisão, uma escolha. Sendo menos piegas, para outros uma palavra, como um não, pode significar muitas coisas, geralmente ruins (dizem as más línguas que há males que vêm para bem; esperamos que assim seja!; so be it!). Para outros, uma palavra pode significar justamente aquilo que não se quis dizer, de forma que uma palavra pode custar muito caro.

E se fôssemos tentar dizer quanto, em tutu, vale uma palavra? Difícil, né? Difícil quantificar algo inquantificável. Mas eu consegui. Uai, simplesmente consegui. Não sei se vocês sabem ou não, dentre as algumas coisas que faço nesta minha vida está traduzir. Sendo assim, tenho que ter um preço pela página, que chamo lauda, traduzida. Conversando com meu amigo João Arthur, cheguei a um preço x. Uma lauda tem 1500. Se partirmos do pressuposto de que uma palavra, em geral, tem mais ou menos 5 letras, pode-se chegar ao valor exorbitante de $0,10 por palavra! Isso mesmo, caros senhores e senhoras, saibam vossas sapiências que uma palavra, para este ser que vos fala, vale aparentemente 10 centavinhos. Isso mesmo. E não pensem que é só 10 centavinhos. Por trás destes míseros 10 centavinhos há pesquisa, estudo, muitas idas e idas ao dicionário, consulta e tudo o mais que se possa fazer para descobrir a palavra exata para uma outra palavra. Agora, não nos esqueçamos também que para traduzir uma palavra é preciso que haja outra, em outro idioma, do outro lado do jogo. Sendo assim, se dissermos que uma palavra vale 10 centavinhos, não estamos dizendo a verdade inteira, já que temos que dividir esta mesma verdade por dois (são duas palavras). É, pois, desta forma, que chego ao valor, agora irrefutável, de $0,05 centavinhos por palavras. Que acham os senhores? Muito ou pouco? Só nesta pergunta já tem quase $0,15!


Sugerencia del troesma

Para quem nunca viu, saiba que minha semsorte recomendou e eu por conseguinte lhes recomendo: Ilhas das Flores.

parte 1


parte 2



Our freek world

Lolito?



sábado, 25 de agosto de 2007

Algo disso tem que sair, né?

Para não dizerem que sou um vadio inveterado (o que não posso negar que não seja, muito embora eu conheça vadios mais vadios que eu), hei-me aqui de novo. Me voilà! Pois bem. E para não andarem por aí dizendo que desse cinema que ando estudando não sai nada, hoje tenho o prazer de trazer a vocês a mais nova produção deste aqui que vos fala. Sim, é o curta que fizemos como trabalho final do semestre passado. Deu trabalho, passei duas noites seguidas sem dormir, com visita em casa e trabalhos a fazer... Mas agüentei e fiz a minha parte. Que fiz no curta? Bom, assistente de fotografia e de câmera. E, obviamente, carregar equipamento para lá e para cá. Se saiu bom? Hum... não sei. Não acho que mereça um Oscar pelo curta. Talvez eu mereça somente um "Vá estudar mais, moleque, que muitas cenas ficaram subexpostas!" O que não deixa de ser a mais pura verdade.

Sendo assim, deixo-vos com o curta, seu making off e uma rápida retrospectiva dos vídeos do ano passado.

7 minutos


7 minutos making off


Nueve Reinas


Bloopers Nueve Reinas


Inmigrante moderno


Le monologue de la statue


Maletín




Onde tudo começou

Sim, nós somos diferentes. Não comemoramos um ano de Buenos Aires (6 de julho), não comemoramos um ano de apê (28 de julho), não comemoramos um ano de estudos (para Camilo em julho e para mim agora em agosto), mas, de uma maneira até um pouco sórdida, comemoramos um ano de liberdade de Natascha Kampsuch. Para nós, mais que motivo de comemorar. Não só por ela, mas também por um ano de pérolas jornalísticas de nosso querido Camilonga, el trabajador del pueblo!

É por isso então que decidi fazer da pérola freek do dia a pauta de hoje. Deixo aqui com vocês duas reportagens sobre o seqüestro de nove anos da Natascha.

No mais, com aquela preguiça de mandar a preguiça embora, o blog acabou ficando um pouco às traças. Pobre coitado. Mas também é de se entender. Tinha mais o que fazer: eu, no meu caso, curtir a minha semsorte um pouco!

Se eu fosse um bom pecador, prometeria que ia começar a escrever de volta todos os dias, como se isso fosse me redimir do sétimo pecado capital. Mas, como todos sabem que uma vez cometendo um pecado capital não se tem volta, não vou ser eu aquele que vou me preocupar em não ir para o céu.

De qualquer forma, a vontade há de prevalecer. Ou então a força!

Saludos a todos.


Sugerencia del troesma

Ótimo curta. Vale a pena os minutos perdidos e a sujeição a vê-lo na péssima qualidade do VocêTubo.




Our freek world

Para você que fica aí teclando e procurando uma periguete, esperte-se: Internauta de Hong Kong.