sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A quem devemos agradecer 2 - Hernán RISOVIBAC

Uma pessoa que mais que merece um post (também de agradecimento) só para ela é o mister Hernán, pai do Camilo. Além do apoio paizístico que dá ao filho e, por conseguinte, ao agregado (esta pessoa que vos fala), Hernán também é responsável pela movimentaçao das nossas contas bancárias e depósito de dinheiro no nosso Visa Travel Money.
Ou seja, sem eles seríamos nao só Viajantes sin Bandera y Frontera, mas literalmente Viajantes sin Documentos. É graças a ele que temos o dindim do final do dia para o leitinho do Camilo (quem o conhece, sabe do que estou falando).
Por conta de sua ajuda diária, o Hernán se autodenominou, com todo direito e razao, Gerente da Agência de Porto Alegre do RISOVIBAC (Rede Internacional de Suporte aos Viajantes sem Bandeira e sem Documento).
Embora o intuito deste blog nunca foi o de ser comercial, vejo-me na situaçao de fazer propaganda da agência e deste fantástico gerente, a quem devo(emos) a vida.
Para quem nao sabe, a RISOVIBAC nasceu há mais de 15 anos e entrou no mercado de suporte a viajantes de maneira contundente. Já ajudou um milhar de viajantes (estatística fiel), dentro eles a Expediçao Austral pelo Estreito de Magalhaes, Jacques Coustaud e sua tripulaçao, os competidores do Paris-Dakar em todas as ediçoes e todos os corredores da corrida internacional de trenós puxados por huskies. Em outras palavras, experiência a este gerente nao falta. 
Como resolveu ajudar-nos, nao sei... Desconfio que: 1. porque Camilo é seu filho; 2. apiedou-se da nossa situaçao de viajantes sem documento. 
Em entrevista exclusiva com os redatores do Viajeros, contou-nos que tem tido muita satisfaçao em ajudar-nos, mas que se preocupa com nossas zé-ruelices, sobretudo a de o Camilo ter perdido a carteira no barco. Segundo Hernán, ¨é muita falta de responsabilidade!¨. 

Hernán também é o mais assíduo e voraz de todos os nossos leitores. Diariamente entre no blog à procura de recentes atualizaçoes e informaçoes sobre os presepeiros que ocupam este blog. Vale ressaltar que infelizmente nao temos podido manter o blog à altura de tao bem-intencionado leitor, mas juramos que estamos fazendo um esforço.
Como leitor, Hernán ainda é a origem atual de todos os contatos que temos no Chile, os quais, até hoje, nos receberam de braços abertos em sete casas diferentes. É óbvio que a generosidade e hospitalidade advêm das pessoas que nos recebem, mas o caminho já foi trilhado uma vez por Hernán, a quem mais uma vez agradecemos!


Para Hernán: oye, andei vendo umas fotos tuas de antigamente dignas de comentário... Pena nao tê-las à mao.


Para todos os outros: saibam que nao tem uma pessa que conhece o Hernán de anos que nao diga que ele e o Camilo sao cara de um, fucinho de outro!


Caríssimo gerente, por fim, minhas mais sinceras saudaçoes e meus mais estimados agradecimentos.


Avante o RISOVIBAC! Quem quiser entrar em contato com o sr. gerente Hernán, pode fazê-lo através deste e-mail: risovibac@risovibac.com.br




quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Momento Flogger (UlaUla)

Flogando com UlaUla, presidente vitalícia da Ulaulalândia...

De Chile

Figuraças da viagem 2 - Japa Nagamori

A segunda figurinha carimbada que conhecemos nesta volta ao mundo foi este japonês da foto (à esquerda):






De Argentina

Confesso que nao me lembro exatamente do nome dele. Era algo como Nagamori, Nagomochi... Significava, se minha memória nao falha, ¨muito bosque¨ em japonês. Este senhor de mais de meia década é quase o estereótipo perfeito do japonês. Baixo, sempre alegre, sorridente e com uma máquina fotográfica na mao do tamanho de um canhao. Além disso, e talvez o mais importante, possui o costume mundialmente conhecido de tirar fotos de tudo e de todos a todo instante.
Nós o conhecemos no alto do Glaciar Martial, em Ushuaia (Argentina). Estávamos no topo com uns amigos alemaes que conhecemos, tomando um mate e aprendendo besteiras em alemao. Até que chegaram o tal senhor japonês com sua amiga, uma canadense. Como bons viajantes, cumprimentamos a todos e já fomos puxando conversa, para saber de suas histórias e trajetos. Antes mesmo que pudéssemos querer tentar falar, ele já nos pôs em posiçao fotográfica e tirou inúmeras fotos de nós, com nós e do arredores. 
Digam xis, digam xis...
Detalhe básico: ele nem tinha ainda parado para ver a paisagem ou o que seja; chegou, tirou a câmera e já foi batendo foto. Parecia a RONE: primeiro bate, depois pergunta.
Já com umas 50 fotos na máquina, satisfez-se e finalmente falou conosco. Contou-nos do seu nome, da sua vida, etc.
Uma meia hora depois decidimos descer. Fomos em comitiva: tupiniquins, alemaes, japa doido e a canadense. 
Nao é, entao, que o senhor japonês me cai de um penhasco e abre o supercílio, que começa a sangrar a borbotoes. Foi um deus nos acuda. Todo mundo descendo as pedras atrás do Nagamori ou sei lá como se chama para ajudá-lo. Apesar de estar sangrando muito, estava consciente e falando. O corte tinha sido profundo, mas podia caminhar normalmente. 
Passado o susto, começamos todos a descer, para levá-lo para o hospital...
Embora nao nos falamos mais, nós o vimos depois em Puerto Natales entrando num táxi. Suponho que estará bem...


sábado, 23 de janeiro de 2010

No ar os primeiros capítulos do Viajeros sin Bandera no Mixplay

Senhoras e senhores,


É com grande prazer que anunciamos que os dois primeiros programas do Viajeros sin Bandera. Saíram no começo desta semana, mas como estávamos infurnados no meio da Bolívia, no Salar do Uyuni, deslumbrados com a vista e padecendo das duvidáveis condições de limpeza do país, só pudemos avisá-los hoje.


Infelizmente não tenho como incorporar o vídeo aqui ao nosso blog, de forma que posso unicamente deixá-los com os links:









Mas o que é o Viajeros sin Bandera? Para quem ainda não sabe, Viajeros sin Bandera é o programa de internet que estamos fazendo para o Mixplay, um canal de internet argentino. 
E como é que fomos conseguir isso? A história é longa, mas vou resumi-la. Era uma vez uma Nena, maluco de quase 2m, forte e jogador de rúgbi, que virou muito meu amigo em Buenos Aires, quando estudava lá. Com essa tal Nena eu ia todos os dias à faculdade, fazia os trabalhos, estudava. Com essa mesma Nena passava horas tomando mate, falando de cinema e filosofando sobre a vida.


Quando voltei para o Brasil, a Nena continuou estudando cinema. Formou-se e agora trabalha como chefe de produção de conteúdo para internet. Na minha viagem para Buenos Aires em setembro, no meu aniversário, nos reencontramos depois de 2 anos. A conversa rolou solta e acabei lhe contando que estava prestes a realizar um sonho do qual falávamos sempre em Buenos Aires: formar-nos e sair com uma câmera na mão pela América Latina. Eis que aquela ideia tomava forma. A Nena se entusiasmou com a ideia e me disse que podíamos fazer um programa de internet com o material. Pediu que eu montasse um projeto e lhe enviasse. Preparei, enviei e, depois de reuniões e inúmeras conversas, acabou dando certo: fechamos contrato com o Mixplay para filmar-nos até o México. 


Sendo assim, saíram nesta semana os dois primeiros capítulos da série Viajeros sin Bandera. Os próximos vão saindo a cada 15 dias...


É nóis na net e us praibói no DVD!


Obs.: mais fotos nos álbuns Bolívia e Chile (ao lado) e mais vídeos no Canal Bons Ares.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A quem devemos agradecer 1 - all the patota

Esta viagem nao é só feita de encontros, desencontros e figuraças. Também é feita de agradecimentos. Aliás, muito embora ainda nao tenhamos tocado neste assunto, eu poderia dizer, sem sombra de dúvidas, que ela é mais feita de agradecimentos que de qualquer outra coisa. 
Sei que vai parecer meio brega, meloso e ursinho-carinhoso, mas as primeiras pessoas que temos de agradecer sao nossos pais e os amigos de Curitiba:
1. Meus pais, pela ajuda, apoio e tudo mais que um filho pode necessitar numa hora dessas;
2. Aos pais do Camilo, pelos mesmos motivos, sendo o Camilo o filho e eu um agregado;
3. Ao pai do Camilo, mister Hernán, pelo apoio logístico à dupla (a esperar post mais detalhado);
4. Ao Piperito Josefino José e Lorens, pela ajuda com malas, caixas, bugigangas e burocracias bancárias;



De TPvM




De TPvM

5. Ao Cabrito coraçao de Jesus, pela mesma ajuda com malas, caixas, bugigangas e últimas coisas no apartamento;



De TPvM

6. À Camila Periguete, pela força imensa com todas as coisas que restaram no apto, contas a pagar e todas as outras milhoes de burocracias chatas do mundo real...



De TPvM

7. Ao Rafa Putain e Mara Peixeira Maravilha, pela força com  mudança, carretos e lugar para minhas estimadas roupas;



De TPvM

8. Ao Jonezinho querido, pela ajuda com a TV



De Chile

9. Ao Du e Lilian, pela força com os livros;



De TPvM

10. À toda a patota que compareceu na festa de despedida, por terem alegrado o ambiente já meio ébrio...



De TPvM

11. A todos os demais, pelas inúmeras outras coisas que fizeram por nós. A essas, nao poderia enumerá-los um a um porque sao muitos, mas mesmo assim fica aqui o nosso sincero agradecimento.


Mais uma vez valeu a todos. E, como diria o sábio da montanha: é nóis na fita e os praibói no dvd! S´embora que ainda falta quase um ano de viagem!


quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Momento Flogger (the first Miniter of Flogger Republic)

Camilo no refeitório do barco com a bandeira da República Flogger ao fundo. Neste momento ele foi declarado o primeiro-ministro da República Nao-Democrática, cujo presidente é Principessa Flogger



De Chile

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Figuraças da viagem 1 - Juan oniriciclo

A primeira figuraça que conhecemos nesta viagem foi o Juan, oniriciclista.
Cruzamos com ele pelas ruas de Buenos Aires e acabamos fazendo nosso segundo programa (Viajeros sin Bandera/Frontera) com ele. 
Para resumi-lo em poucas palavras, daria para dizer que o cara é um personagem em si mesmo. Criou o que ele chama oniriciclo e está com um projeto de sair pela América Latina, com destino a Alasca, de bicicleta exibindo filmes e levando arte por vilarejos, cidadezinhas e cus-de-mundo. 
Além dele, há mais outros oniriciclistas. Um é músico, outro cineasta, outro escritor, etc. Utilizam os oniriciclos para chamar a atencao e representar o sentido onírico (nao podia ser diferente) da sua arte. A estrada que pretendem pegar é a Panamericana, que corta toda a América Latina pelo Pacífico. Segundo o Juan, esperam levar dois anos para chegar ao Alasca.
Resolvi nao pôr uma foto dele aqui porque já o verao muito no segundo programa. Para nao deixá-los sem nada, porém, vai aí uma foto do Camilo Jones no oriciclo.




De Argentina



sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Segundas zé-ruelices ou a primeira grande cagada da viagem

Era uma vez uma montanha. No alto dela não havia um sábio nem um guru místico. Tampouco havia uma loira gostosa à espera de incautos viajantes. O que havia no alto da montanha era só e tão-somente o alto da montanha e uma vista que dizem ser deslumbrante.


É o que dizem, porque não a vimos. Explico-me.


O alto da montanha estava lá. Seu cume, além de tudo o que ela pode proporcionar aos olhos, também engendra naquele que pretende alcançá-la uma série de pequenos e encadeados atos, os quais geralmente acabem terminando da mesma como foram semeados. Se com boas intenções, bem; se com más, mal.


Ei-nos, pois, em em uma cidadezinha introjetada no meio da Cordilheira dos Andes, cercada por montanhas áridas e desertos inóspitos.

El Pisco, no entanto, não tem nada de árido nem de inóspito. Está mais para um oásis em meio ao clima adverso do norte chileno. Terra que dá origem à tradicional bebida andina (sem entrar em conflitos diplomáticos entre peruanos e chilenos) e onde se come sorvete de colpao (espécie de cáctus).


Desembarcamos na praça central de El Pisco lá pelo meio-dia, depois de quase 3 horas de viagem num micro-ônibus duvidável, pouco espaçoso e ao som da mais tosca de todas as cumbias. Até o Camilo enveredou a reclamar, à la Magoo, da música. Senti-me não tão culpado.





Antes mesmo de pisar no chão, eu já vinha pensando, deslumbrado pelas belezas do Valle de Elqui e arredores, em mais uma viagem para fazer: percorrer o Chile de norte a sul pela cidades interioranas de bicicleta. Imagino que meu amigo Piper, se tiver tempo, poderá juntar-se a mim.


O trajeto do micro-ônibus por entre os verdes vales das montanhas da Cordilheira iam me dando ideias, fazendo-me pensar que às vezes é preciso fazer viagens mais instintivas, mais conectadas à natureza e mais ousadas. Ousar mais… Leio isso em tudo quanto é livro que leio sobre personagens viajantes.


Guimarães Rosa já dizia, e estava certo: viver é perigoso!


Isso não quer dizer, porém, que devemos ousar além das nossas capacidades. Jaz aí o erro trágico, ponto determinante em todas as tragédias gregas. É, pois, quando o personagem principal comete um erro crasso, o qual sobrepassa suas capacidades e vai além do alcance das duas mãos. Em outras palavras, é a famosa CA-GA-DA!


Com tudo isso vinha eu na cabeça quando descemos do ônibus. Mal pisei no chão, olhei para o lado e vi uma montanha enorme alçando-se sobre nós, mostrando sua majestada e, por que não, peitando-nos e enfrentando-nos. Não me senti ultrajado, mas sim incentivado. Pensei: por que não subir uma dessas montanhas, uma mais fácil, e vislumbrar lá de cima todo o vale?



Informamo-nos e logo após o almoço partimos, com um companheiro alemão, montanha acima.








Em tese, segundo o local semibrasileiro-gaudério com quem nos inteiramos, que a brados demonstrava seus conhecimentos de português, a subida era simples e não levaria mais que duas horas. Outras duas para descer.


Perfeito. Chegaríamos lá de cima a tempo de tomar o último ônibus do dia.


Sem mais, pernas para que te quero!


O início da subida já se mostrou cheio de agrados aos olhos. Plantas e vinhedos por todos os lados. O contraste do verde com o bege seco da montanha perfazia um conjunto digno de nota.





Meia hora depois do início da subida, sobrevêm-me novamente aqueles mesmos pensamentos de quando estava no micro-ônibus: viajar é aprofundar-se em si mesmo; viajar é conhecer-se; viajar é dar-se oportunidade para tanto.


É óbvio que quando pensei nisso tudo não esperava que as coisas fossem terminar como terminaram.


AVISO aos leitores, mamães e Hernán: não se preocupem, tudo terminou bem. Estamos vivos. O pior foi o susto (risos).


Imerso nesses pensamentos, vi de relance um caminho encosta acima. Parecia-me um caminho perfeito, além do mais que a montanha não parecia tão íngreme quanto era.


Lancei-me em direção ao morro e fui subindo. Pé ante pé, mão ante mão. Já logo nos primeiros cinco metros fui assaltado por um espinho de cáctus enorme, que se cravou pelo menos um quarto de dedo no meu calcanhar. Por sobre a meia. Não acreditei quando vi. Tinha mesmo me espetado fundo. Arranquei o espinho e continuei subindo, com um pouco de dor no calcanhar. Atrás e abaixo de mim vinham entusiasmados o Camilo e o amigo alemão.


Levado pela adrenalina que trekkings assim me dão, fui guiando todos sem pensar muito no depois. Confesso: o erro foi meu. Faço aqui a minha mea culpa. Camilo e o alemão, talvez porque me viram subindo empolgado, subiram sem comentar muito.


Quando estávamos pela metade, acomodei-me para descansar. Vi os dois alcançando-me metros abaixo. Aproveitei o ensejo para bater umas fotos. 








Nisso, o Camilo me ultrapassou e continuou subindo. Foi só ao guardar novamente a máquina e olhar para o alemão, que fungava de cansaço, que pensei na descida.


Caramba, como é que vamos descer daqui?


Olhei para os lados, para baixo e finalmente me dei conta de que não havia nenhum caminho ou trilha. Estávamos subindo a montanha na raça, qual os primeiros indígenas da região. É claro que não estamos falando do Monte Everest, mas também não estou falando do morrinho ali de casa, que custo a subir de bicicleta. De 1 a 10, era uma montanha nível 3, que, diante de amadores como nós, tornou-se um 7 ou 8.


Foi quando atinei para o fato inevitável de que aquele não era o tal caminho fácil de que nos falaram. Se não era, por algum motivo tinha que não ser. Pensei novamente: e como é que vamos descer daqui?


Fiquei preocupado. Um leve sopro de medo tocou meus cabelos e em seguida vieram à minha mente as recordações de quando me perdi no Caminho do Itupava com o Piper em plena calada da noite. Foi sem dúvidas o dia em que mais tive medo na minha vida. Hoje em dia lembramos daquele dia com sorrisos no rosto, mas sei que passamos um aperto descomunal. O maior aprendizado que tirei daquela experiência foi que a primeira coisa que se tem que fazer numa situação dessas é não perder o controle sobre si mesmo e não se deixar tomar pelo nervosismo.


Tratei, pois, de fazer isso.


O alemão, a essa altura, já tinha começado a descer, finalmente fazendo juz as raízes cautelosas de seus ensinamentos – que ele decidiu nao ouvir quando comecou a nos seguir.


O Camilo, por outro lado, tinha continuado a subir, a ponto que mal podíamos nos falar mesmo que gritássemos. Com dificuldade e somente quando o vento dava uma trégua, discutimos nossa situação.


Logo, entre sinais e gestos e encostado em uma pedra meio bamba, Camilo comentou que não estava encontrando caminho para descer, sendo mais fácil continuar subindo e tentar a descida por outro lado (o cume parecia estar perto). Senti, em sua voz e por ver o suor empapando o seu chapéu, que ele estava nervoso.


Eu tampouco não tinha muita certeza de que podia descer sem problemas, mas também sabia que se me preocupasse não ia chegar muito longe. Ou melhor, ia chegar mais rápido ao chão. Sei que ele pensaria que eu tinha mais experiência em montanhas, afinal comecei a subida a passo decidido e sem olhar para trás. O que não sei se é se isso é verdade. Igualmente o importante nessas horas é transparecer que sim, muito embora talvez não.





Chegamos a um acordo e decidimos empreender a baixada – atitude mais honrosa do que esperar o resgate dos bombeiros andinos e mais prudente do que continuar subindo sabe-se lá quantos metros mais. Assim, aos poucos e com as dicas que ia lembrando dos tempos de Itupava, fui guiando a descida. Devemos ter levado quase hora e meia para descer, entre arbustos, cáctus e espinhos diversos.


Pisar novamente no chão e não sentir mais que era a montanha que tinha as rédeas da situação foi um alívio…





Eu nos repetia, tanto porque pensava como porque queria aliviar o momento, a frase-sabedoria do Guimarães Rosa: viver é perigoso. Às vezes, deparar-se com o perigo faz-nos lembrar que estamos vivos.


A isso agradeço(cemos)...








Resultado final da aventura: mãos esfoliadas, roupa completamente encardida, pó e espinhos por tudo quanto é lado e a sola de sapato do meu tênis completamente perdida. Tive que jogá-lo no lixo.













quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Primeiras zé-ruelices

Levamos algum tempo para cometer nossas primeiras mancadas, mas elas vieram. Demoraram, mas nao deixaram de aparecer. Para nosso infortúnio, ei-las:
1. Camilo levou um tropezao descendo o Glaciar Martial e machucou a perna. Por sorte (ou azar, vai saber!), com ajuda de nosso querido Lolo le Kine, pudemos salvá-lo.




De Chile

2. Camilo esqueceu sua carteira dentro do barco que nos levou durante 4 dias de Puerto Natales (Chile) a Puerto Montt (Chile). Para sua sorte, um alemao bem-intencionado (o da esquerda na foto) encontrou-a e devolveu-a ao capitao do barco, que por sua vez a devolveu ao Camilo com tudo dentro. Nao faltavam nem as pulgas.




De Chile

3. Lavando roupa em Puerto Varas (Chile), conseguimos encolher nossas roupas. Todas as do Camilo ficaram menores, mas ainda podem ser usadas. As minhas nem tanto. Perdi 4 camisas que ficaram como um baby look. Tive que comprar outras). Nossas jaquetas e bermudas também diminuíram, mas nao a ponto de trocá-las. Outra lada desastrosa dessa, a gente se fu!
4. Comemos umas empanadas de marisco estragadas Valparaíso e ficamos com uma caganeira de dar inveja aos mais incautos. Para bom senso de todos, sem maiores detalhes.

5. O cabeçao aqui que vos fala conseguiu perder as passagens de ônibus de Cartagena (Chile) para Santiago nessa segunda-feira. Tivemos que comprar outras porque nao fui capaz de encontrá-las.
Apesar dos acontecimentos, nada de ruim aconteceu. Sei, porém, que o senhor Hernán, digníssimo pai e assessor de assuntos aleatórios desta dupla, vai arrancar os cabelos...
Mas como diria a minha santa vozinha, o mais importante é que têm saúde!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Estudios antropológicos latinoamericanos / Capítulo 2: Fauna teenager chilena (ensayo)

CONTINUACIÓN..


6) Scream: escuchan musica ruda, muy ruda. Usan jeans, ropa oscura y suelen dejar el pelo largo.




7) HxC: similar a los anteriores, pero inspirados en el vestuario y visual de los idolos de las bandas de rock




8) Punk mundialmente conocidos y facilmente identificados por los m Mucho Kg de Gel en el pelo, sus bototos y aspecto sucio




9) Nazis: ....




10) Metaleros: pelo largo, muy largo, acompanado de inseparable chaqueta de cuero, zapatillas converse de cano alto y poleras de bandas de metal




11) Rockeros similares a los anteriores, pero en version mas light




12) CC: categoria propuesta, dedicada a reunir todos los demas, llamados "Comun y Corrientes"



Finalmente, lejos de buscar una definicion stricut sensu de las especies arriba expuestas y sus respectivas caracteristicas, les invito a contribuir para su enriquecimiento.
...
UPDATE: El sueno ha logrado atravesar la pared y instalarse en este futon. os dejare para dedicarme a profunda meditacion, agradecinedo su lectura y amabilidad

Boa Noite




por Camilo W. González (antropólogo tupiniquim in loco)



P.S. escrito en la noche del 6 enero

sábado, 9 de janeiro de 2010

Atualizaçao das fotos do Chile

Senhores e senhoras, paquitas em geral,
Eis que estao on-line mais fotos de Valparaíso, Horcón, Cartagena e Santiago.
As fotos estao tanto ao lado como aqui abaixo:

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Estudios antropológicos latinoamericanos / Capítulo 1: Fauna teenager chilena (ensayo)


queridos lectores-amigos
es jueves 06 de enero, son las 4:29AM
en la pieza a mi lado duermen (pero aun no roncan), doctor maniobra y talo the girl
puesto que el sueno no ha aun atravesado las paredes dell living, donde me encuentro sentado en un comodo "futon", y que la supracitada mujer se ha mostrado contratria a compartir su vision de la vida, el mundo y el amor en este horario, he decidio pues a escribirles algunas lineas

antes que todo, y nada, quisiera aprobechar la oportunidad de dejar registrado mis mejores deseos de un 2010 de puta madre a todos. que sean todos muy felices y que se cumplan la mayoria de vuestros deseos. no todos, por cierto, porque hay que dejar algo para el 2011 venidero.
tambien, como no, aprobecho la ocasion para anticipar mi apologia por las varias fallas gramaticales que se haran presentes en este pequeno apartado. espero que puedan compreenderlo.

asi, carissimos lectores, doy inicio a este ensayo.
su objetivo es detallar algunas breves caracteristicas de la rica fauna teenager chilensis.
podria, por cierto, eligir algun otro asunto, como el particular idioma que se habla a espantosa velocidad en este longitudinal pais. algunas palabras y expresiones sin duda son dignas de un estudio aprofundado, como por ejemplo el clasico : "que weá weí weón"
dejemos, sin embargo, este asunto para un proximo capitulo y centremo-nos en el objetivo enunciado.

el caminar por las calles santiaguinas expone uno a una diversidad de figuritas que parecen, algunos, extraidos de dibujos animados. sus vestimientas, gestos y vocabularios llaman la atencion del turista ordinario y despiertan alguna curiosidad antropologica. a primera vista uno puede pensar que dichos personajes son casi todos iguales. sin embargo, estimados lectores, no lo son.

asi, con la ayuda y el asesoramiento constante, presente e inigualable de mi amigo Emilio Joaquin BruceLee Gonzalez da Silva, he dedicado algunas horas al ejercicio de la observacion en movimiento de ese universo, buscando clarificar algunas diferencias entre las especies. dicho ejercicio resulto en las caracteristica abajo detalladas, que buscan ilustrar la tipologia popular establecida.

especies y principales caracteristicas

1) Flaites: populares, muy populares. suelen usar gorro para atras, con la etiqueta del precio a vista. tambien jeans, zapatillas puma blanca, poleras rosadas, bolso nike, aros brillantes y pelo en formato moicano. pueden adopatar apodos como Jhonatahn y Natasha (con enfasis en el pronunciamiento de las H)


2) Pokemonas: igualmente numerosas, tiene mechas de pelo tingidas.jeans apretados y sapatillas anchas. adoptan un visual mayormente colorido, con un peinado que parece una lamida de vaca


3) Pelolais: termino originario del chileno Pelo-Liso. Cuicos o Aspirantes a Cuicos


4) Emos: sensibles, suelen andar en grupos, con ropa negra de tonos azulados. pueden llorar a cualquier momento.



5) Otaku: inspirados en los mangas orientales, suelen llanmarse por nombres de origen asaticos y emular dichos monitos. Criticados por los nazis, pokemones, emos, pelolais y metaleros



por Camilo W. González (antropólogo tupiniquim in loco)


CONTINÚA...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Segunda-feira Flogger (Isla Tenglo en Puerto Montt)

Assim que chegamos em Puerto Montt, fomos dar um rolê com o Christian pela cidade. Ele nos levou à Ilha Tenglo, uma ilha que fica em frente ao porto e de onde se pode ter uma vista completa e privilegiada de Puerto Montt.
Na foto, Magoo, Christian (primo do Camilo) e Camilo



De Chile

Christian, la pasamos de puta madre con vos. !Gracias por todo!