segunda-feira, 18 de junho de 2007

Paga-se bem por...

O filho do beiçudo, não contente com o resultado de todo o quilombo da infiltração, resolveu atacar novamente. Desta vez, fui eu a sua pobre vítima. Mui habilmente jogou sobre mim um vírus maligno e me deixou de cama por três dias, tendo sido o ápice sábado de noite e domingo de manhã. Febre, tremeliques, dor no corpo, dor de cabeça, tudo o que não se quer num feriado para o qual estava planejado fazer uma série de coisas. Mas tudo bem, porque a vontade de matar ao Pato-Perro é ainda maior e só isso já me dá mais forças para melhorar (o que praticamente já fiz) e empreender uma caçada mortal ao filho do beiçudo cabeludo. Sendo assim, comunico aos ouvintes que está aberta a temporada de caça ao Pato-Perro. Recompensa: estadia na minha casa por uma semana ou um jantar no El Reencuentro.


quinta-feira, 14 de junho de 2007

Pato-Perro ataca novamente

¡Hijo de una chingada madre! Quando acho que as forças do Pato-Perro estão arrefecendo e que ele já tinha cansado de tentar expulsar os brazucas de Caballito, descubro que não. Por mais que a niebla tenha cessado e nos deixado ver um pouco o céu e os prédios vizinhos, as artimanhas do fio do djanho continuam. E agora está nos atacou literalmente por baixo. Que vil de sua parte!

O fato é que nosso prezado vizinho de baixo está/va com infiltração no teto do seu banheiro, bem embaixo do onde estaria a nossa banheira. Por conta disso, esperava que nós, de muita boa vontade, arrumássemos o problema colocando pastina e além disso ainda pintássemos o seu teto. Foi aí que começou todo o enrosco. É ligar para imobiliária, é ligar para a administradora que cuida do condomínio, é falar com vizinho, outra vez com imobiliária, outra vez com administradora, e assim foi. Três dias de pepino atrás de pepino. Mas nada com que não pudéssemos lidar. Por mais que as forças obscuras de Pato-Perro sejam poderosas, nossa capacidade de hacer quilombo o echar desmadre é maior, de forma que conseguimos, parcialmente, resolver o problema e acho que não teremos mais até, tipo, quarta.

O que eu sei é que ainda vou fazer um foie gras com esse Pato-Perro do djanho!



terça-feira, 12 de junho de 2007

Conversa de pileta (ou deveria eu dizer de míope?)

- Campeão, é minha impressão ou essa mina que entrou na raia do lado da tua está de biquíni?, perguntou o cegueta que vos fala.
- É tua impressão não, man. Ela entrou sim de biquíni., respondeu Camilonga de la Croix.
- E pelo menos a mina é gata para estar de biquíni?
- Que nada, jaburu de teta, fio.
- Bah!


Sugerencia del troesma

Para quem gosta de cultura antiga, fica aí a dica: Rome Reborn. Agradeçam a Camilonga, que está fazendo o meu serviço enquanto estou de huelga.



Our freek world

Você sabe quem fala esse idioma?




sábado, 9 de junho de 2007

3ª Guerra Mundial (capítulo 1)

Pato-Perro e aliados avançam contra brazuquins de Poneyhood. Já é o terceiro dia de neblina sobre a cidade. Não sei como, mas eles têm conseguido manter esta névoa na esperança de nos fazer tropicar em algum obstáculo, cair, quebrar a bacia e assim conseguir nos deportar. Mas não! Porque o bugre aqui que vos fala tem andado muito atento pelas esquinas do bairro, sempre de olho em perseguidores e inimigos.

Para provar que não estou ficando louco e que as artimanhas de Pato-Perro e seus aliados realmente existes e são poderosas, lhes mostro, em fotos jornalísticas fatidicamente realísticas, a realidade desta guerra de trincheiras:





Em tempos de guerra, é importante ter um olho no peixe e outro no pato!



Sugerencia del troesma

EN HUELGA.



Our freek world

Coca e água tudo a ver. Agora, devolver, aí já é demais.




sexta-feira, 8 de junho de 2007

Fuckin' fog

Agora que sou um falastrão também no idioma maldito, me dou o direito de soltar umas nesta língua para mim tão insólita. Não que essas umas sejam muitas, mas já são algumas, o que é mais que nada! I’m fuckin’ happy, man!

Introdução feita, peço a todos que se sentem em suas cadeiras, que respirem fundo com o intuito de diminuírem as batidas de seus corações e se acalmarem, ou melhor, se prepararem para uma péssima notícia que vou lhes dar. Não é uma boa notícia, isso não é.

Lembram vocês do nosso amigo Pato-Perro, fatídico inimigo dos tupiniquins de Little Horse? Sim? Pois bem. E se lembram que esse meliante, sujeitinho sem caráter, baixo e vil, tinha se aliado com a gangue dos murciélagos, com a dupla dinâmica dos flanelinhas, com o movimento Anti-Torres de Caballito e ainda com a Nena? Lembram-se? Pois então, Pato-Perro, inimigo público número 1 deste descendente de bugre que vos fala (é, parece que tenho um bisavô que era um bugre legítimo; cuidado comigo então, porque os bugres eram uma das piores tribos de canibais da antiga Terra Brasilis), reuniu mais forças. Além de já ter tomado a rua, os ares e a esquina de casa, resolveu agora tomar toda a cidade com mais uma de suas artimanhas quaquaquaqüísticas. Usou de algum feitiço ou magia desconhecida e soltou em toda a cidade de Buen Ayre/Bons Ares/Bons Airs/Good Airs/Kalói Aéroi uma peste que tem assolado a cidade desde a madrugada de anteontem. Tal bruxaria, chamada tão-simplesmente por mim de fuckin’ fog tem atacado com severidade os brazuquins do já citado bairro de Poneyhood. Desde ontem que todos os vôos nacionais (impedindo-nos de pedir ajuda de fora) estão cancelados; as estradas foram postas em estado de alerta (uns tantos zé-ruelas conseguiram desrespeitar o alerta e deram de frente com alguns caminhões, o que gerou um senhor acidente na 19) e os entregadores de empanadas entraram em greve por acharem perigoso demais sair em uma noite como aquela. Fuckin’ Duck-Dog! Trancar o aeroporto nacional e cancelar todos os vôos, tudo bem. Fazer com que adoradores de Maradona se estropeiem, triste porém não me afeta. Agora, entregadores de empanadas em greve já é demais! É afronta demais. Praticamente uma declaração de guerra. E como tal, aceito e digo: vencê-lo-emos, caro, Pato-Perro! Prepare-se para uma derrota iminente e eminente. Isto posto, construir-se-ão trincheiras entre nossa calçada e a do Pato-Perro. Nós, aqui de cima, infernizaremos a vida dele até que nos peça trégua ou, em idioma mais humano, peça água.

A 3ª Guerra Mundial começa: Pato-Perro e suas tropas de morcegos x Tupiniquins de Poneyhood.


Sugerencia del troesma


EM GREVE.



Our freek world


A partir de hoje, não desestimulem os seus filhos a jogarem videogame; isso pode dar frutos: Moleque profissional dos games.




quarta-feira, 6 de junho de 2007

Alpiste

Para os atletas futuros campeões, aconselha-se uma alimentação saudável. Que comam direito, que continuem fazendo seus exercícios e que não tomem bombas. Minha semsorte, pensando no meu bem e no dela (???), apresentou-me ao mundo dos alpistes e diferentes comidas para passarinhos, que é como chamo esse gênero de comida. Em outras palavras, alpiste significa tudo o que diz respeito a: linhaça, aveia, uva passa, mel, banana amassada, estofadinho à la ração de cachorro, sucrilhos e afins. Sim, tudo isso que tem cara de alpiste eu chamo tão-simplesmente de alpiste.

Agora, ao pé da letra, alpiste é comida para passarinho, e de passarinho não tenho nada. Estou mais para peixe nos últimos dias. Sendo assim, deveria eu chamar minha dieta alimentar de ração de peixe. Mas não tenho vontade. Alpiste é mais bonito, mais engraçado e dá a idéia de que não há abundância. Se você diz a uma pessoa que ela come um passarinho, você quer dar a entender que ela come muito pouco, muito embora isso seja errado, porque passarinho come uma enormidade. Eis aí porque eu não chamo a minha dieta pelo nome que melhor lhe competiria. E eis aí também porque não digo que fui à forra comendo na sexta passada e sim que timocreonei. O nome pelo qual você chama as coisas que faz sempre dá um peso às coisas que faz. E como eu não quero peso nenhum na minha vida, alpiste é a palavra.



Sugerencia del troesma

Cuidado com as Shakiras que têm síndrome de Indiana Jones. Elas podem ser péssimas cantoras.



Our freek world

Guarde suas moedinhas, elas podem ser úteis: Conta paga em moedas.




sábado, 2 de junho de 2007

Grande pequeno país

A cidade de Buenos Aires e a Argentina por si só têm milhões de particularidades. Muitas delas já foram citadas aqui inúmeras vezes e creio que não é o caso agora de citá-las novamente. Não obstante, uma delas, de que meio me dei conta só ontem, ainda não foi citada.

Não sei se vocês sabem alguns números dos nossos vizinhos platinos. A Argentina possui um território de mais ou menos 2.792.000 km², enquanto o nosso território é de 8.515.000 km². Mais ou menos umas quatro vezes mais. A população argentina versa pelos 39 milhões (estimativa de 2006), ao passo que nós somos mais ou menos 188 milhões, também mais ou menos umas quatro vezes mais. No entanto, Buenos Aires e região metropolitana tem cerca de 12 milhões, enquanto a nossa maior cidade e sua respectiva região metropolitana (Complexo Metropolitano Paulista) tem seus 29 milhões de paulistas. Se pararmos uns minutinhos e fizermos umas contas, vamos chegar aos seguintes cálculos.

Argentina - 39.000.000
Buenos Aires - 12.000.000
Ou seja, mais ou menos 30% da população do país inteiro se encontra em um único conurbano (uma grande "cidade").

Brasil - 188.000.000
São Paulo - 29.000.000
Isto é, 15%.

Só este fato já nos diz muito, mas continuemos com o pequeno raciocínio. Enquanto no Brasil você tem pelos menos duas grandes cidades que se destacam, a saber, Rio e Sampa, na Argentina se tem uma mais destacável, a já conhecidíssima Buen Ayre. Além disso, o Brasil ainda tem uma diferença grande daqui. Enquanto existem três cidades que dividem as funções no Brasil (São Paulo capital econômica, Rio capital turística e Brasília capital política), na Argentina só tem uma. Há, é claro, outras cidades que são importantes, tais como Mendoza, La Plata, Mar del Plata, Córdoba, Rosario e Santa Fe, mas elas não têm a mesma importância que as suas equivalentes no Brasil (Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Recife).

Sendo assim, além de uma única cidade ser 30% de um país inteiro, ela é ainda a cidade mais importante em quase todos os aspectos. E qual é a sensação de morar em uma cidade que é praticamente um país inteiro, onde tudo acontece? Estranhíssimo. Quando se está no Brasil, em qualquer outra cidade que não São Paulo ou Rio, ouve-se falar das coisas que passam nestas duas cidades de uma maneira distante. É quase como se fosse outro país. Já, por outro lado, morando na cidade onde tudo acontece, tudo muda de figura. Tem-se a impressão de que tudo está acontecendo aqui e de que tudo o que pode acontecer vai ser aqui. Fora o fato de você encontrar volta e meia na rua pessoas importantes, da TV, do esporte, políticas. Quando é que você vai ter, morando em Curitiba, um artista de novela morando no prédio do lado? Pois aqui temos uma atriz de novela importante que mora do edifício vizinho. Estranho isso. Encontrá-la no Plaza Vea comprando mods é mais estranho ainda.

Este mesmo fenômeno acontece no Chile, e quem sabe até pior por ser o Chile ainda menor. Também é assim no Uruguai. Estar em um país que não é um continente por si só é muito estranho. E mais estranhas as coisas que acontecem em um pequeno país.



Sugerencia del troesma

Sem idéia para sugerir algo.



Our freek world

Tenha medo até de soltar pum de agora em diante: Google Maps.





Ó grande Timocreão, nós o louvamos...

Camilonga y yo fomos ontem a um massacre, chacina ou, se preferirem, orgia gastronômica. Timocreamos mesmo. Sem medo de sermos felizes. Ou, como diria minha mãe, comemos até o cu fazer bico.

Sim, sim, sim, Salabim. Os companheiros de trabalho do Camilo o convidaram para um asado e ele, mui gentilmente, convidou aquele que vos fala para acabar-se de tanto comer e tanto beber. O lugar não era dos mais próximos de casa. Diria até o contrário, que era meio longinho. Tivemos que pegar um ônibus, um trem, andar 11 estações e ainda caminhar umas dez quadras. Mas fomos firmes e fortes, com fé, que o churras prometia. Ainda mais sendo churrasco argentino, que prima sempre pela qualidade das carnes e pela técnica aprimorada dos churrasqueiros.

Nós podemos dizer que somos os melhores no futebol, que nossas mulheres são as mais lindas e mais tudo, que nossas praias são muito melhores, que nosso povo é o mais simpático, o mais festeiro e o mais receptivo. Tudo isto nós podemos dizer e não vamos estar errados (que nenhum argentino me ouça!). Agora, se há uma coisa na qual não podemos dizer que somos melhores é no preparo da carne e na sua qualidade. Nisso, eles são de lejos os melhores. E por isso lhes tiro o chapéu.

Sabendo disso e levando comigo o respeito pelas vacas argentinas, fui disposto a comer até explodir. E cumpri com a minha promessa, assim como meu querido companheiro de chacina Camilonga de la Cruz. Mas as carnes foram somente a metade da história, porque ainda havia os vinhos. Mal chegamos e já vi eles abrindo um Durton Cabernet-Sauvignon 2005. Hum...! Não entendo muito de vinho, mas vendo senhores argentinos (por conseguinte apreciadores de bons vinhos) abrindo uma garrafa e dizendo que tínhamos que provar esse vinho, não pensei duas vezes: taça na mão e vinho para a pança!

E foi assim, carne e vinho argentinos da melhor qualidade sem parar, por 5 horas depois que termos chegado. Resultado: comilança para mais de metro (como diriam os catarinas como eu) à la Timocreão. E é aí que fechamos o círculo, com nosso Timocreão. O pequeno resumo da sua vida que retirei de um livro e um excerto de suas poesias já devem dizer quem ele era sem necessidade de mais palavras. Além de dar a idéia de como estou me sentindo hoje:

Lyriques grecs - Timocréon de Rhodes

Timocréon a vécu au début du Ve s. av. J.-C. Auteur comique (il ne reste rien de son théâtre), adversaire du poète Simonide et surtout de Thémistocle, contre lesquels il a écrit des vers féroces. Connu comme athlète (pentathlon), comme sympathisant des Mèdes, il avait aussi une sérieuse réputation de gloutonnerie, comme en témoigne l'épitaphe que lui avait composée Simonide:

Grand buveur, grand mangeur et grand diffamateur
de mes semblabes, je gis ici, moi Timocréon de Rhodes


Sugerencia del troesma

Meu querido amigo Gilberto Preá tocando Koyunbaba:



Our freek world

Aparentemente Camilonga resolveu tomar vergonha na cara e continuar com sua busca interminável de freekices: Mais uma de japonês. Estou começando a chegar à conclusão que este povo miúdo de olhos puxados deveria ganhar o prêmio de mais freeks do mundo. Será que tem algo na água que eles bebem que os deixam assim?