segunda-feira, 19 de julho de 2010

¡Hasta la vista, América Latina!


Antes de despedir-nos, ei-nos umas vez mais aqui com orgulho e prazer anunciando que, finalmente e de novo atrasados, atualizamos nosso álbum de fotos da Guatemala e subimos uma série de fotos para um álbum mexicano recém-criado. 

No primeiro, pode-se ver fotos nossas de Antigua, Lago Atitlán, Flores e ruínas de Tikal. No segundo, correspondente à República Mexicana da Tortilla, fotos das ruínas de Palenque, Tulum, San Cristóbal de las Casas, Oaxaca, Puerto Escondido e arredores, Querétaro, San Miguel de Allende, Real de Catorce e Ciudad de México, de onde vos escrevo. 



Para alegria de uns e tristeza de outros, amanhã temos um voo com rumo ao velho continente, onde não pisamos, ambos e cada um, há mais de cinco anos. Embarcamos às 21h aqui do México e chegamos às 15h alemães em Frankfurt. Será uma longa jornada em um meio de transporte que não utilizamos desde Ushuaia, quando voamos de Buenos Aires à capital da Patagônia argentina. Desde lá, 7 meses de ônibus...

Nossa temporada europeia se resumirá, nos primeiros dias, a visitas a amigos. Camilo a uns e eu, a outros. Por volta de meados de agosto nos reencontraremos em alguma cidade alemã, provavelmente Berlim, de onde retomaremos nossa viagem com direção aos nórdicos e, posteriormente, à República Russa da Vodka. Será quase como voar do templo da tequila ao altar ortodoxo da vodka. Só Deus sabe o que será dos nossos rins. 

Até lá, procuraremos manter atualizada nossa legião de fiéis leitores (três: Ana Abuetrucha Wallander, Paty Duim "Futura Mãe dos Meus Quinze Filhos" e Hernanzinho), seja com causos, reflexões de viajantes errantes ou fotografias. 

Pois que venha o Velho Mundo e que Deus proteja nossas contas bancárias...




quinta-feira, 8 de julho de 2010

Nostalgia

Viajar, em geral, não é nostálgico. Você conhece tanta gente e se move tanto a toda hora que acaba não sentindo mais o peso, e valor, das despedidas. É como se conhecer e despedir-se fizessem parte da viagem, o que é mais que certo. 

No entanto, há vezes que o contrário é verdadeiro, especialmente quando o fenômeno "família" acontece. Camilo e eu chamamos "família" ao fato de criarmos um grupete de amigos (entre cinco e dez) que compartilha da mesma vida durante alguns dias. Tivemos uma "família" em Punta Arenas, no Navimag, no Atacama, em Tilcara, Potosí, Sucre, Arequipa, Montañita, Quito, Taganga, San Blas, Panamá City, Bocas del Toro, Ometepe, San Juan del Sur, Granada, Antigua e agora em San Cristóbal de las Casas. 

Esta última foi que me fez escrever este post. Compunha-se, porque já se separou, de três espanholes, estes dois brazucas que vos falam, e de uma suíça. Respectivamente: Don Siba, Dani Pasmarote, Tique Taca, Paquita, Magoo e Cíntia. Desde o primeiro dia em San Cristóbal já conversamos e de aí saiu cafés da manhã, almoços e jantares juntos, bem como passeios, uns tragos em bares e longas conversas na sala esperando que a chuva parasse, o que nunca aconteceu.

No nosso último dia juntos, combinamos todos de ir assistir um filme zapatista e jantar juntos. À janta acabou se somando mais gente à grande família: mais duas espanholas, uma alemã que já conhecíamos e um italiano do hostel. Não carece dizer que as conversas era uma torre de Babel impressionante.

Detalhes à parte, a manhã das despedidas (Tique Taca indo para Guatemala, Don Siba e Pasmarote para Palenque, nós dois indo para Oaxaca) deixou no ar uma nostalgia que há algum tempo não sentíamos. É como se o fim, que sempre está presente, deixasse sua marca indelével: viajantes, não esqueçam que tudo nesta vida acaba.

Inclusive nossa viagem...

Em algumas semanas partiremos para a segunda parte da nossa jornada: Europa-Rússia-Norte da África. Mais que uma mudança ou uma etapa cumplida, é o gosto do fim que se deixa ver. Esta viagem vai acabar, senhores, e depois a vida continuará. Como? Nós não sabemos, mas de alguma maneira com certeza ela continuará.

À espera então do que a vida nos aguarda...

Saludos nostálgicos desde algum lugar que pouco importa onde, pois se algo que sempre levamos conosco são nossos sentimentos.


segunda-feira, 5 de julho de 2010

Vida em trânsito...

Uma amiga me perguntou, depois de tantos meses viajando, se eu já tinha uma vaga ideia de quais eram os elementos essenciais para uma vida em trânsito.

Tive que matutar um pouco para capiscar coisas que eu já sabia e dar forma a impressões já presentes desde algum tempo. Eis as "pérolas de sabedoria" que lapidei (risos):

INÍCIO
Em termos práticos:
1. Cinco camisetas;
2. Três bermudas;
3. Duas calças;
4. Cinco cuecas e cinco pares de meias;
5. Duas jaquetas;
6. Um tênis e um chinelo.

O resto é resto.

Em termos mais gerais, você também acaba descobrindo que:

1. Você pode se adaptar a quase qualquer situação;
2. Você é feito dos seus hábitos, adquiridos ou não;
3. Você precisa de costumes e um quotidiano, ainda que seja um quotidiano em trânsito;
4. O ser humano é extramamente gregário e você necessita da companhia de outras pessoas. Relacionar-se é uma necessidade primária e fundamental;
5. O ciclo da vida, em quase todos os lugares e para quase todas as pessoas, é o mesmo e você se vê inserido nele ainda que não queira.

Ou seja, a mobilidade constante mostra o seu lado mais animal e natural: você pensa em que comer, onde dormir e em relacionar-se. É como se a gente voltasse ao mais básico...

Mas seria o mais básico o essencial?



sexta-feira, 2 de julho de 2010

Brasil 1 x 2 Holanda

Olha o flagrante (no canto esquerdo, embaixo e circulado em vermelho) que peguei num site de esportes:


Quem ia pensar que perderíamos? Tristeza não tem fim, felicidade sim...