quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

O jeito catarina de comprar macarrão

Façamos um rápido exercício mental: imagine-se comprando macarrão. Como seria? Acho que 99% de vocês diriam que se imaginariam indo ao mercado, dirigindo-se à seção de massas e afins, que se veriam de pé na frente da prateleira de macarrões escolhendo aquele da sua preferência (uns vão pelo preço, outros também). Uma vez escolhido o dito cujo, vocês o pegariam, o jogariam no carrinho e iriam em direção ao caixa. Poriam o pacote sobre a esteira, a caixa o passaria pelo detector de rótulos, sairia o preço na telinha do computador, ela o jogaria para o final da esteira, onde vocês, muito solícitos, o colocariam dentro de uma bolsinha plástica e o jogariam novamente no carrinho.

Se não me enganei, muito provavelmente essa é a maneira que muitos de vocês se imaginariam comprando macarrão.

Aqui em Navegantes, no entanto, existe uma outra maneira de comprar macarrão. Você não precisa ir necessariamente ao mercado. É o macarrão que vem até você. Sim, senhores. Se Maomé não vai até a montanha, então a montanha vem até Maomé. Ou, em outras palavras, o macarrão vem até vocês. Fantástico, não? Eu pelo menos achei.

Imaginemos, pois, a minha pessoa, que, por incrível que possa parecer, está emagrecendo, acordando às 7h30 em uma terça-feira nublada e chuvosa. Me levanto, me espreguiço e tomo uma ducha para acordar (hábito meu adquirido desde muito). Já limpo, vou à cozinha, esquento água e passo um cafezinho para mim mesmo. Me preparo um pão no Tostex (alguém sabe o nome verdadeiro desse eletrodoméstico abençoado por Deus e bonito por natureza?) e me sento na varanda para tomar o meu café-da-manhã. A chuva continua caindo, molhando a grama, que exala já aquele cheiro de terra molhada.

De repente, no mesmo momento em que eu estava abocanhando um pedaço generoso de pão com mortadela catarina (a melhor do mundo!), uma moto pára na frente do portão. O motoqueiro dá uma buzinada e fica olhando para mim com cara de quem quer ser atendido. Eu, que não o conheço, me levanto muito matreiramente da cadeira e grito: “Opa!”. O motoqueiro me opeia também e, gritando desde o portão, me pergunta se quero comprar algo. Eu lhe pergunto o que ele tem para oferecer, e ele responde, ainda gritando, que tem tudo fresquinho ali na garupa, desde pão a macarrão, passando por nhoque, lasanha e afins. Quê?, penso lá eu com os meus próprios botões. Ouvi certo? Tem um motoqueiro na frente de casa, às 7h55 da manhã, debaixo de chuva, perguntando se eu quero comprar macarrão fresquinho? Caraio!

E de fato tudo isso estava acontecendo e a minha mente não estava me pregando uma peça. Respondo que muito obrigado, que eu não queria nada, mas não deixo de ficar surpreso com o acontecido. Muito embora eu seja catarinense de nascimento e de coração, não posso deixar de dizer que os catarinas são uns bichos muitos estranhos...

Obs.: Parsa Brusquense, por mais que eu não saiba direito por que, isso tudo me fez lembrar muito de ti.



3 comentários:

Carolina Bagattolli disse...

Hahaha! Elementar meu caro Watson: porque a gente azucrinava todo mundo em Baires dizendo que Brusque era o centro do mundo, que todos queriam ser de Brusque, blá blá blá, rs. Brusque fica em SC, daí foi um pulinho pra você emendar =)

Quando vem nos fazer a visita prometida? A CASA TÁ UM ARRASO, rs.

Saudades parsa. Beijo...

P.S: morei 10 anos em Brusque e nunca ninguém veio vender macarrão na minha porta =S

jackie disse...

Po magoo, como que ce naum me compra a lasanha???

E... pode ficar tranquilo que bob e coisa de cabelo enrolado, eu gosto de liso mesmo!

um paozinho fresquinho, hein???

bjs

jackie disse...

Aquilo e um V de vendetTa,
TE CUIDA MALANDRO!!!